“O que são Relações Livres?”
Resposta:
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É uma visão de relações afetivas e sexuais onde as pessoas tem direito de desejar e viver quantas relações e amores quiserem. Ausência do casamento e do tabu da monogamia (restrição a que não se tenha mais de uma pessoa).
“É tipo marido e amante?”
Não. Isto é no casamento. Aqui não há um “oficial” porque todos os vínculos são reconhecidos (e não clandestinos).
“Mas isto não é putaria?”
Não. A noção de “puta” é uma agressão monogâmica para a mulher que se entrega para quem ela quiser. Já esta possibilidade, para nós, é básica, um direito elementar: mulheres que desejarem mais de um homem… devem e podem tê-los
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Diferencie…
Listamos abaixo outras experiências que são importantes por romper com a monogamia. Apresentaremos suas diferenças e limites:
Relação sem Vínculo é quando uma pessoa prefere variados acessos sexuais sem continuidade e sem formação de casal ou de vínculos estáveis.
- Ter relações sem continuidade necessária parece tranquilo a um RLi. Mas fazemos objeção à “necessidade de não ter vínculos”.
Amizade Colorida é quando uma pessoa evita a formação de casal e se permite o acesso sexual eventual com a leveza das relações de amizade.
- Toda a leveza é bem vinda. Mas objetamos que não estamos preso a ela. Podemos e queremos relações com variados níveis de profundidade e continuidade.
Relação Livre é quando a pessoa mantém autonomia e plena liberdade pessoal seja lá qual for a relação sexual/afetiva e em qualquer circunstância de estabilidade.
- Nossa maior dificuldade é que esta visão pressupõe pessoas muito livres, não possessivas e não ciumentas. E como toda a ordem cultural está oposta a isto, há um número limitado de pessoas onde isto pode hoje ser vivido plenamente. Na rede RLi/RS você encontra estas pessoas.
Relação Aberta é quando de forma consensual um casal de namorados acerta o direito comum a outras relações simultâneas mas na condição de serem secundárias.
- Na cultura RLi não combinamos um “certo espaço” de liberdade. Isto é pleno antes, durante e depois de qualquer relação. E com as diferentes pessoas teremos diferentes relações devido a singularidade das combinações. Mas em hipótese alguma temos a “relação oficial” e as “secundárias”.
Casamento Aberto é quando de forma consensual pessoas casadas refluem de sua monogamia original e re-acertam suas normas incluindo o direito de cada um a outras relações simultâneas mas na condição de serem secundárias e invisíveis.
- Se relação aberta nos parece problemático, casamento aberto só agrava. RLi é um ser social livre do casamento.
Suingue é quando de forma consensual pessoas casadas realizam trocas de parceiros em encontros/festas reservadas e estas restritas à órbita sexual e com formal exclusão de envolvimento afetivo.
- Um RLi não consegue suportar a ideia de ter relação sexual na condição de não ter outros laços (de afeto, vínculo, etc). Nem também poderá admitir que seu companheiro lhe determine com quem se envolver ou não se envolver.
Poliamor é a possibilidade de ter duas ou mais relações afetivo-sexuais, desde que contenha amor. A liberdade sexual normalmente não é prioritária, ou não faz parte do acordo. Inclui cláusulas de ‘polifidelidade’; permite a interferência direta dos parceiros na vida sexual-afetiva um do outro.
- Andamos juntos quando o assunto é questionar a monogamia. Mas RLis não precisam do amor pra justificar suas relações. Nesse sentido o título ‘poliamor’ somente compreende parte do que é ser RLi. Para nós “o amor não pode ser um problema para o sexo e o sexo também não pode ser um problema para o amor”. Sexo e amor podem andar juntos ou separados em uma mesma relação; um RLi possui liberdade em ambos.
A Rede Relações Livres buscou sistematizar as formas de relação aqui apresentadas, utilizando não somente as idealizações de cada conceito, mas também as experiências práticas de cada modo de relação. Observamos ainda que, a vida real é absurdamente mais complexa do que pequenos parágrafos descritivos, onde os sujeitos podem estar em períodos intermediários entre as formas apresentadas e/ou em processos de transição (de uma para outra).
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Compersão
É um termo usado por pessoas que tem relacionamentos livres, abertos, ou poliamorosos.
Compersão é o sentimento oposto ao ciúme. É quando a gente fica feliz de ver feliz a pessoa que a gente ama sendo amada ou amando outras pessoas, ou simplesmente curtindo as novas relações.
É componente do amor, não do modelo de relação… Até porque os relacionamentos abertos nem sempre tem esse componente presente mas ele é fundamental para virar a pagina do ciúme.
Mas só sentimos compersão quando compreendemos a multiplicidade de experiências do outro como enriquecedora para nós mesmos e respeitamos sua autonomia em procurar satisfação de formas diferentes das nossas.
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Perguntas
Pergunta 1:
“Mas eu quero uma relação séria…!”
Resposta:
Veja…
o sério da vida afetiva e das relações sexuais é muito relativo.
No śeculo XIX sério era o casamento arranjado onde o assunto era tão “sério” que não se deixava o casamento (e portanto a fusão/fracionamento das propriedades) a cargo a “frivolidade” do amor juvenil. Nesta situação, eram os pais “sérios” que decidiam com quem as pessoas casavam.
Hoje poderíamos nos perguntar: seria um atestado de não seriedade as pessoas decidirem, por vontade pessoal, com quem vão casar?
Assim também hoje… uma relação “séria” aos olhos tradicionais não é nada menos que a droga de uma relação baseada na carência (o “mérito” de ter se possível só um parceiro sexual na vida!; o “mérito” de nunca se amar duas pessoas ao mesmo tempo!, etc).
Já nossos critérios para uma “relação séria” são mais atuais. Não derivam da moral repressiva de antigas seitas salvacionistas do deserto do Sinai, mas do feminismo, por exemplo.
Nestas novas circunstâncias, queremos personalidades que tenham consciência sobre seus interesses; estabeleça com o outro os termos da relação; e nestes termos nós nunca negociamos aprisionamento monogâmico, mas sim relação livre!
Não participamos da farsa burlesca do casamento monogâmico (seria isto uma relação “séria”?) com sua ilusória exclusividade sexual (onde cada vez mais as próprias mulheres rendem-se ao “é tentei, não deu…”).
Queremos sim é relações livres, onde as pessoas sabem que elas e seus companheiros (as) terão, cada qual, as relações que bem entendam. Ou seja… honestidade máxima.
Quer um máximo exemplo de relação séria para o século XXI: a honestidade das relações livres!
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Pergunta 2
“Há uma contradição e um equívoco de sectarismo na tese RLi. Como pode vocês defenderem “liberdade e diversidade sexual” e ao mesmo tempo excluírem a monogamia como uma forma válida?
Que cabimento tem se opor a pessoas apaixonadas vivendo uma relação a 2?”
Resposta
A pergunta se funda em algumas incompreensões de base.
1º – Não somos contra casal apaixonado ou relação a dois;
2º – Compreenda bem isto – monogamia não quer dizer “ter um parceiro sexual”: nós, por exemplo, podemos estar num certo momento sem ninguém e somos livres: não abstêmios. Podemos estar com só uma outra pessoa e somos livres: não monogâmicos. Podemos estar com duas outras pessoas e somos livres: não bígamos.
3º – Não imagine, nem em sonho, que monogamia seja duas pessoas apaixonadas. Monogamia é uma forma estrutural de família que gera um casamento monogâmico que quer dizer uma única coisa: trata-se de uma moral que determina que as pessoas não podem ter mais de uma companhia sexual.
4º – Monogamia e liberdade são incompatíveis. Não doure o cárcere da monogamia escondendo-o atrás da paixão. Assuma que é o casamento monogâmico que mata esta e as novas oportunidades de paixão para o resto de seus dias.
5º – Dizemos e reafirmamos de forma límpida e consciente: somos contra a monogamia. Somos contra a moral que exige que não se possa ter mais que uma companhia afetiva e sexual.
6º – Queremos o fim da miséria monogâmica. Liberdade para amar é incompatível com o número máximo de 1 da monogamia. Não toleramos subnutrição amorosa e carência afetiva; temos múltiplos amores, beijamos com prazer muitas pessoas e nos apaixonamos no plural.
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Pergunta 3:
A algum tempo acompanho o blog e recentemente tive um caso com uma pessoa RLi.
Achei previsível ela ser não-monogâmica, não-possessiva, não-ciumenta. Mas como não costumo “pousar” muito tempo nas relações… achei estranho o quanto ela se “apegou” e de ficar falando em “organizar a relação”, ter “vínculo”.
Isso não é uma contradição?
Resposta:
Este é um tema chave. A partir dele distingue-se várias corrente não monogâmicas:
- Os suingues propõe diversidade sexual mas exclusividade afetiva;
- Os relações sem vínculo: com sexo e afeto diversificado mas fugaz.
Desde que se tome o cuidado de não moralizar muito o assunto… dá para fazer algumas considerações sobre como pensam os relações livres.
Consta de um texto que debate a identidade RLi a ideia de que:
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“Um ufanismo em torno do sexo sem sentimento não pode ser a sina de quem quer viver o sexo livremente.
É óbvio que temos um arsenal inesgotável de disposição afetiva, tão ou mais constante que o desejo estrito de sexo.”
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Ou seja… das coisas mais caras aos RLis é exatamente o de combinar liberdade e vínculo; prazer sexual e amizade.
Sexo Livre não nos rouba o afeto e a amizade!!!
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Pergunta 4:
Fala-se muito de relação “livre”, mulher “livre”.
Mas nem vocês estão em situação real e total de liberdade.
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Resposta:
Não imagine o contrário: temos muitas… muitas rezões para reivindicar liberdade.
Mas aí temos que distinguir liberdades reais e liberdades imaginárias:
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- Liberdade não é um estado abstrato de plena ausência de gravidade, inexistência de pressão social e condicionamentos.
- Não exija de nós um “estado absoluto de liberdade” pelo simples fato de que isto não existe;
- Liberdade é sempre uma luta. Uma luta contra algo que aprisiona; uma luta real contra um limite real;
- Partiremos sempre de uma situação limitada, para fazermos uma luta limitada, para obter conquistas limitadas.
- Por mais que hoje a gente denuncie o casamento perpétuo voluntário reconhecemos que ele já correspondeu, em outro tempo, a uma luta pela liberdade ao desvencilhar-se do casamento arranjado pelos pais;
- O que devemos é mostrar qual limite estamos incomodados, porque é correto derrubá-lo e como construir uma nova condição sem aquele limite;
- Quando denunciamos a monogamia, mostramos a pobreza emocional e relacional desta vida aprisionada; mostramos o grito de desconforto e sufoco emocional que sai pelas janelas cerradas das casas. E propomos relação livre;
- A todos que agem nesta direção… sejam bem vindos a Rede Relações Livres!
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Pergunta 5:
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Qualquer pessoa pode viver Relações Livres?
.Resposta:
Qualquer pessoa pode determinar-se a adotar esta concepção relacional.
Mas só quem é livre pode vivenciar e persistir nessa opção.
Liberdade traduzida como autonomia pessoal.
A escolha pelo não convencional requer autonomia com relação a família, salvo raras exceções onde haja grande respeito a individualidade.
Autonomia financeira, emocional e habitacional facilitam o exercício da liberdade.
É preciso coragem para enfrentar o preconceito, sobretudo para as mulheres.
Um ambiente social favorável como cidades maiores pode ajudar a diluir o preconceito e facilitar os amores múltiplos.
Mas o fundamental é que a liberdade plena só exercitamos com quem também possa ser livre.
Encontrar pelo menos um(a) companheir@ é impressindível.
gostei de ler sobre o assunto muito interessante, tb concordo que a pessoa deveria ser livre, não ficar pressa sómente a uma.
[…] Para nos conhecer melhor é imprescindível ler nossa página “ESSENCIAL“. […]
Hoje li sobre a RLi pela primeira vez. Bem, eu fiquei um pouco desconcertada no começo, pois se trata de algo completamente novo para mim. Eu passei a vida em relacionamentos monogâmicos, e de fato nunca me senti oprimida. Nunca me senti imposta a isso, sempre senti que tenho a liberdade de entrar e sair dos meus relacionamentos. Permanecer com uma única pessoa para mim sempre soou como uma escolha, e eu me sinto plenamente satisfeita.
No entanto, acho interessante conhecer essas formas de pensamento, por mais que eu não as siga e não sinta vontade de segui-las. Acho interessante e realmente excelente que as pessoas estejam livres para explorarem sua sexualidade, abrirem suas mentes à novas formas de relacionamento, aptas a mudarem um sistema que não as agradam. Isso é o melhor da liberdade. É o direito de escolha.
Parabéns pela página!
e pq casais homossexuais não são citados ?
Porque é a forma de relação, não tem gênero ali.
Qualquer uma das ‘formas’ de sexualidade cabem ali, hetero, homo, bi, pan. =)
Como seria o RLi para pessoas que fizeram parte dela e atingem a terceira idade?Pois estas não tiveram vinculo com ninguém,eu sei que monogamia não lhe dá segurança futura,mas de uma certa forma você terá alguém do lado na velhice, vejo isso aqui em casa com meus pais já de idade.Desses milhares de parceiros que terei durante a vida quem me ajudará no futuro.Agora sou jovem o RLI é uma ótima , mas e depois? Eu estou tentando entender o RLI, tenho lido bastante, mas tenho esta dúvida
RLi não significa ausência de vínculos 😉
[…] mais em: https://rederelacoeslivres.wordpress.com/essencial/ […]
[…] O que são relações livres? – Rede Relações Livres […]
A percepção da falência do casamento tradicional vem se generalizando cada vez mais rapidamente, no entanto não é nada fácil romper com duas de suas principais características, a monogamia e a possibilidade de dissolução, origem dos fantasmas do ciúmes e da insegurança. Sabemos que essa evolução faz parte de um processo, que avança célere em direção a relações mais felizes. Entre os relacionamentos livres observados atualmente, parece que o swing, ou troca de casais, embora muitas vezes confundido com orgia, é o que menos agride os tabus da sociedade. Esta modalidade, praticada num mesmo ambiente, como geralmente é, tem a vantagem de substituir o ciúme pela compersão que pode ser vista como um ” plus ” prolongando o prazer muito além da relação. O assunto é longo e pode ser retomado por outros companheiros, pois quanto mais contribuições, mais claro ficará o tema.
Olá,
Parabéns por seu Post, pois retrata com exatidão essa questão.
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Gostaria de saber de onde vem o termo “compersão”, se é tradução de algum termo estrangeiro, pois não o encontro em dicionários. Sou filósofa e linguista e me reconheço como RLi e pretendo escrever a respeito. Obrigada! Beijos, Bia.
Beatris, tente contato com a psicanalista e sexóloga Regina Navarro Lins, que há muitos anos estuda o amor. De memória, acho que ela citou o termo no seu best-seller “A Cama Na Varanda”. Um abraço!
Oi Marcio! Obrigada pela resposta! Na verdade, ainda não li nenhum livro da Regina, só vi algumas entrevistas dela e a acompanho pelo facebook. Mas encontrei esse texto num blog de uma americana, compartilho aqui pois pode ser de interesse de mais alguém. Abraço! http://practicalpolyamory.blogspot.com.br/2010/11/etymology-of-compersion.html
O importante de tudo isso é ser feliz com sigo mesmo….
a vida é algo tão maravilhoso pena que não saibamos o que fazer c/ elas
Quero explicações mais detalhadas sobre a relação livre
Me sinto aliviada agora! Encontrei um lugar pra dar vazão a tantas dúvidas, criticas, apontamentos e pensamentos. Sou mãe e moro com o pai das minhas crias. Sou feminista, e venho sentindo cada vez mais a necessidade de me desvencilhar dos monstros da monogamia. O que me incomoda na ideia de relacionamento livre, é a possibilidade de subjulgação por parte de outros homens. Tenho um relacionamento muito maduro e muito paritário com meu companheiro e penso muito se seria possível construir essa relação com outros parceiros. Gostei de ter conhecido a RLi, e espero conseguir ir ao Encontro no Rio e fazer o curso, muito me interessa pensar sobre a monogamia e afins para construir uma maneira de se relacionar menos opressora para mim e para meu companheiro. Percebo que ele tbm tem essa necessidade, e estamos nos dispondo a fazer essa reflexão e amadurecimento.
Abraços,
Jaque
[…] padrões atuais de relacionamento, por que não tenta um RL? Tem muito mais informações lá na página deles. Como eu disse antes e vivo dizendo, o importante é ser feliz sem machucar os outros. ^^ Tweet […]
Onde acho as pessoas que condividem dessa filosofia de vida aqui em Sampa?????????
jambo21sp@hotmail.com
Ton.
Olá Ton, procure a rede relações livres no facebook. Que te adicionaremos no RLi-SP.
Abraços
[…] > Essencial < […]
Que simpático. Obrigada, estarei de olho. 🙂
Gostamos tanto de suas perguntas que valerá dois posts! Grato Carol. Já entraremos em contato com vc.
Pergunta:
Relação Aberta é quando de forma consensual um casal de namorados acerta o direito comum a outras relações simultâneas mas na condição de serem secundárias.
Na cultura RLi não combinamos um “certo espaço” de liberdade. Isto é pleno antes, durante e depois de qualquer relação. E com as diferentes pessoas teremos diferentes relações devido a singularidade das combinações. Mas em hipótese alguma temos a “relação oficial” e as “secundárias”.
A objeção “RLística” à Relação Aberta é somente em relação à hierarquia das relações, e/ou a toda a bagagem monogâmica que a hierarquização traz, sendo que normalmente a relação dos namorados seria a “principal”? Ou seja, se uma pessoa pensar “eu estou namorando fulano, e tenho outra/s relação/ões de menor vínculo afetivo com sicrano/s, mas não vejo nenhuma relação de hierarquização nisso, porque todas são igualmente importantes”, ela pode então dizer que tem uma RLi?
Outra pergunta, que é quase a mesma: Quando o texto diz que a RLi não se opõe a uma relação a dois e a um “casal apaixonado”, isso quer dizer que um casal apaixonado pode ter uma única relação a dois sem que isso traia o conceito de RLi, e quais seriam os motivos para um casal se manter numa relação a dois, se eles são adeptos da RLi? Digo, o que diferenciaria um casal apaixonado adepto da RLi numa relação a dois de um casal monogâmico? Simplesmente o fato de que o casal apaixonado poderia dissolver ou mudar sua relação sem remorso caso os dois decidam isso em comum acordo; enquanto um casal monogâmico nunca poderia mudar sua estrutura por causa da moral e etc?
Olha, sonho em encontrar uma mulher que pense sob essa filosofia. Dificil aqui em Blumenau, SC…Adorei o blog, pretendo acompanha-lo e contribuir. Penso muito no tema e ja discuti mto com amigos e conhecidos.
Oi!
sou de PE, tenho 23 anos, e li sobre RLI hoje pela primeira vez…
não sou muito interesada em sexo, mas amei a ideia de não ser de uma pessoa, e de não se apegar a um único amor, pois sempre que estou namorando aparece alguem legal, por quem me apaixono, mas nunca posso viver esse amor por “dever respeito a o outro”.
concordo com a ideia de poder amar quantas pessoas quizer, sempre conversei sobre isso com os exnamorados, mas nunca fui compreeendida..
obrigado por me explicar que o sinto não é errado, e não devo me condenar por pensar assim.
bjus bjus bjus a todos … valeu!
Olá
Tenho pensado sobre relacoes livres e tentado vive-las há algum tempo, e queria parabenizá-lxs pelo debate. Só queria acrescentar uma “pergunta-resposta” que acho que seria bacan incluir, porque é algo que eu ouvi muito em diferentes momentos:
Pergunta (que nao é bem pergunta, é uma afirmacao descrente) “Ah, mas essas coisas nao dao certo porque no fim as pessoas sempre acabam machucadas.”
Resposta: como qualquer relacao humana, existem conflitos e desencontros, mesmo em relacoes livres. No entanto, estes desencontros tendem a ser muito mais sinceros, como todo o resto da relacao, e por mais que existam insatisfacoes de uma ou outra parte, na medida em que praticamos a liberdade, aprendemos a entender e respeitar muito mais as decisoes das outras pessoas. A honestidade também tem a tendencia de levar a um maior cuidado dxs outrxs envolvidos nas relacoes.
De qualquer forma, as relacoes monogamicas e proprietárias tem uma probabilidade muito mais alta de terminarem com grandes sofrimentos, na medida em que as opinoes das outras pessoas, o fantasma do que “deveria ser” e expectativas idealizadas pesam muito mais e geram sofrimentos desnecessarios numa relacao livre.
[Acho que daria pra deixar essa resposta melhor e mais elaborada, mas é o que me vem agora]
Em todo caso, a sugestao é deixar claro nesse “guia rápido” que nao é por ser livres que as relacoes estao imunes de desencontros e eventuais sofrimentos, como qualquer relacao, já que envolvem diferentes pessoas.
Saudacoes
Como disse a Paola “Descobrir a RLi lavou a minha alma”. Moro em Cuiabá, aqui a coisa é meio difícil, cidade muito patriarcal e consevadora e apesar de acreditar no que sinto e penso ver que todos estão contra é frustrante.
Acabei de terminar um relacionamento de mais de quatro anos por me revelar incompativel com a monogania. Vim mantendo um outro relacionamento de mais de dois anos com outra pessoa sem a primeira saber, há uns seis meses ela descobriu e abri o jogo, não sou monogámico e não posso ser. Primeiro terminou comigo, mas, como nos gostamos muito, ela resolveu tentar uma relacionamento livre (não conhecia o conceito, mas vejo muita compatibilidade da proposta que fiz a ela e venho desenvolvendo com a que propõem o grupo). Mas infelizmente ela desistiu, não consegue lidar com o ciúmes e eu não correspondo seus sonhos de ter uma familia e uma relação monogámica. Entendo como é difícil para ela e respeito, mas terminei com a plema convicção não quero mais me relacionar com quem não viva relações livres.
O outro relacionamente segue bem, tivemos periodos difíceis, por ser mulher era muita mais pressionada pelas pessoas que sabiam que eu tinha outro relacionamento, principalmente pelas amigas. Mas nos entendemos, ela também tem seus outros relacionamentos e nos gostamos muito.
Intelectualmente e idealmente sou completamente a favor de relacionamentos livres, e o meu parceiro mais constante também. No entanto, nós dois ainda enfrentamos o monstro verde do ciúmes e da insegurança – especialmente ele. No momento nosso relacionamento é aberto, e não livre… Sugestões pra uma transição mais suave e modos de enfrentarmos essas inseguranças?
Olá Daniela,
No nosso blog tem vários textos e um vídeo nosso com entrevista a rede feita pela filial da globo que possa ajuda. Veja algumas publicações da Regina Navarro. Do resto só vindo a Porto Alegre para um bate-papo!
Abraços
Achei Radical em vários pontos =)
estou gostando! É uma tremenda iniciativa da qual quero fazer parte e atuar como puder!!
Parabéns galera. Conforme os caminhos se abrem a frente vou me aproximando de PoA!
No mais, vou refinando e afinando idéias e atitudes =)
Esse assunto me interessa muito. descobri agora. fiquei indecisa quanto a prevençao de doenças sexualmente transmitiveis. nessa relaçoes deverá haver o uso obrigatório da camisinha sempre?
Olá Milena,
Com relação as doenças sexualmente transmissíveis, o pessoal da rede é muito cuidadoso com o corpo e a saúde! Sexo com camisinha com o parceiro ou a parceira, isso é uma questão fundamental, fazemos campanha contra as DSTs nos nossos encontros. Uma relação livre com uma vida saudável em todos os âmbitos.
Rede relações livres
com relação a DSTs… conhecem meios de prevenir no sexo oral e contato de pele(HPV)?
Olá Thomas!
Se vc tem particular preocupação com isto vai uma dica: usa-se filme (aquele plástico de cozinha para envolver alimentos) para impermeabilizar no sexo oral a boca dos genitais. Abraço.
Vocês aceitam lésbicas nesta comunidade?
Nosso tema (liberdade para viver multiplicidade afetiva e sexual) recai sobre heteros, bi e homos do mesmo jeito, apenas com particularidades próprias. A maior parte das mulheres da rede (80%) manifestam serem bi, em diferentes medidas.
Seja muito bem vinda. Terá muito a nos ajudar.
Opa,
Fico bem feliz de esse ser o posicionamento do Encontro. =)
Comentei esse detalhe para realmente entender (a nível bloguístico mesmo, rsrsrs) pois as coisas estão meio nebulosas na minha cabeça. Estou entrando em contato com outros grupos, outros pontos de vista e estou fazendo um esforço para entender um pouco mais.
Mas olha, sem intenção de trollar, pelamor viu!!! Sou mesmo curiosa e estou com nós na cabeça. O que é bom né? E espero a ajuda de vocês para entender mil coisas.
Abraço fraterno (coisa mais brega, mas é do bem)!
Caros,
Estou lendo tudo isso e pensando, pensando, pensando. Admirando, admirando, admirando.
Porém, gostaria de assinalar que falamos de pessoas. Assim, entre um termo e outro existe um mundo de possibilidades. Tanto que, de um tempo para cá, tenho falado em Poliamor Livre posto que a polifidelidade tem caído (oxalá) em desuso. Ou seja, ficaria a mesma definição, mas sem a causa da ingerência e da exclusividade sexual.
O que vocês acham?
Grande abraço e parabéns pelo trabalho!
Olá Charô!!
Seu comentário vai valer um post! Ali vamos dar nosso ponto de vista.
Mas nosso entendimento é que até o I Encontro Nacional (2012) estaremos centrado em temas comuns (como monogamia) que temos muito a consolidar e que reforça nossa unidade.
Detalhismo sobre as culturas não monogâmicas fica para mais tarde no marco da nossa relação nacional. Mas nada nos impede de irmos trocando algumas ideias.
Grande abraço!
(Parte 4 de 4)
O casamento monogâmico não precisa necessariamente ser um erro. Ele pode ser conduzido sim, séria e livremente por um casal consciente.
(Parte 2 de 4)
Outro problema citado é o da carência. Mas não é em relações livres que se está mais exposto a isto?
É próprio à humanidade o sístoles-diástoles… ou o faminto-saciado…ou o carente-satisfeito.
Em circunstâncias de voluntariedade, a sexualidade dependerá da disposição do outro. Isto colocará sempre um dilema carência-satisfação nas pessoas.
Mas não é a isto que nos referimos.
O que pautamos é que há tradições que DEPENDEM e ORGANIZAM a carência.
As pedras da rua sabem que o cristianismo convoca a abstinência até o casamento e a restritividade monogâmica após o casamento, sob pena de inferno.
O casamento separa duas formas diferentes de carência induzida por moral repressiva: a anterior a ele e a posterior a ele.
A dificuldade de os cristãos levarem a sério o cristianismo e seu casamento monogâmico e indissolúvel é um traço mínimo de sanidade dos cristãos e um problema grave para as igrejas.
Isto só passa a ser um problema nosso porque nos preocupamos com profilaxia, ambiente e bem-estar geral.
A perspectiva de relações livres não aponta no sentido da valorização da carência. O ambiente repressivo sim.
Curiosa e compreensível esta inversão: alguém pensar casamento como satisfação e relação livre como carência.
O medo cristão da liberdade sexual invadiu intensamente o século XXI. Para tantos… haverá que se esperar pela próxima geração, ainda.
(Parte 1 de 4)
Nas explicações do tópico “Mas eu quero uma relação séria!” parece que o fio condutor em questão se baseia na falência do casamento atual, assim como não deixa de fazer alusão a frieza dos casamentos antigos ou medievais que excluiam o amor romântico.
Bom eu diria que os seres humanos conduzem as coisas de maneira muito egoística, e muitas vezes direcionados por filosofias que apenas pretendem salvar determinadas castas, classes ou memso seitas. Mas isso são erros humanos.
Descobrir a RLi lavou a minha alma. Sou do interior de sp e tenho alguns amigos coloridos, que eu sempre deixava de lado quando começava um namoro e, cada vez que eu falava de relação aberta com namorados, todos fechavam a cara. Um até tentou, mas não aguentou a idéia. Acabei achando que eu tinha alguma coisa errada. Vcs me salvaram, nunca imaginei que tantas pessoas pensam como eu…
nossa adorei ler tanta informaçao,sabe eu venho me descobrindo dia a dia o hoje em dia sei q as pessoas podem mudar sim os seus habitos ate mesmo suprirr seus desejos sem medo de ser feliz eu mesmo quando li essa materia nao sabia nado sobre relacionamentos,mas ja venho buscando informaçao sobre sungues de casais onde rola sexo coletivo em um ambiente discreto como casas especializadas nesses assunto venho aki dizer q nao é tarde para mudar eu sou livre solteiro e quando me da vontade d fazer alguma coisa eu luto para conquistar aquilo que desejo.
para mim é uma honrra ser o primeiro a comentar e agradeço a Rosana q me enviou o link desse site para mim conhecer melhor sobre os relacionamentos ummm beijoooooo a ela q por sinal é uma morena lindaaaa…heheh
bom se quiserem entrar em contato me add no msn para batermos um papo beijosss a todossss
msn:bradok_rs@hotmail.com