A complexidade e novidade do tema tem gerado várias solicitações de jornais, revistas, rádios, TVs.
Estamos a disposição para:
-
Informações tópicas
-
Assessoria (profissionalizada)
-
Produção conjunta de textos, filmagens, etc (profissionalizada)
Sinalize seu interesse pelo e-mail: rederelacoeslivres@gmail.com
Ou ligue para: 51 9997-9332 (fale com Marco)
Ou registre abaixo sua solicitação.
.
.Revista Lola – número 2
“Contrato de Namoro??!? Isto Existe?”
“Pois é… Tem também a guarda de animais de estimação, os pactos de não-pacto, os acordos de casas separadas. À luz da lei ou por conta própria, os casais personalizam os arranjos conjugais com incrível criatividade.”
.
.
.
.
Revista Marie Claire – número 250
“Militantes do Amor Livre”
“Se já é difícil compreender um relacionamento aberto, em que namorar fora do casamento é permitido, imagine oque seria um casal não só poder transar com outras pessoas, mas também ser livre para amá-las.”
.
..
..
.
Perguntas e Respostas (para jornalistas):
1. Como surgiu o grupo?
O Grupo RLi surgiu da união de dois outros grupos, que tinham vivências distintas. Um dos grupos era formado por um conjunto de amigos, jovens universitários, que tinham uma vida prática “não monogâmica”, mas pouco conhecimento teórico do assunto. E outro grupo era formado por pessoas mais maduras, que tinham uma longa história nas novas formas de relações; e já haviam anteriormente organizado grupos neste tema.
2. Quais as outras formas de relações “não monogâmicas” que o grupo identifica? Qual diferenciações do RLi com os demais grupo?
Relação sem Vínculo é quando uma pessoa prefere variados acessos sexuais sem continuidade e sem formação de casal ou de vínculos estáveis.
· Ter relações sem continuidade necessária parece tranquilo a um RLi. Mas fazemos objeção à “necessidade de não ter vínculos”.
Amizade Colorida é quando uma pessoa evita a formação de casal e se permite o acesso sexual eventual com a leveza das relações de amizade.
· Toda a leveza é bem vinda. Mas objetamos que não estamos preso a ela. Podemos e queremos relações com variados níveis de profundidade e continuidade.
Relação Livre é quando a pessoa mantém autonomia e plena liberdade pessoal seja lá qual for a relação sexual/afetiva e em qualquer circunstância de estabilidade.
· Nossa maior dificuldade é que esta visão pressupõe pessoas muito livres, não possessivas e não ciumentas. E como toda a ordem cultural está oposta a isto, há um número limitado de pessoas onde isto pode hoje ser vivido plenamente. Na rede RLi/RS você encontra estas pessoas.
Relação Aberta é quando de forma consensual um casal de namorados acerta o direito comum a outras relações simultâneas mas na condição de serem secundárias.
· Na cultura RLi não combinamos um “certo espaço” de liberdade. Isto é pleno antes, durante e depois de qualquer relação. E com as diferentes pessoas teremos diferentes relações devido a singularidade das combinações. Mas em hipótese alguma temos a “relação oficial” e as “secundárias”.
Casamento Aberto é quando de forma consensual pessoas casadas acertam o direito comum a outras relações simultâneas mas na condição de serem secundárias e invisíveis.
· Se relação aberta nos parece problemático, casamento aberto só agrava. RLi é um ser social livre do casamento.
Suingue é quando de forma consensual pessoas casadas realizam trocas de parceiros em encontros/festas reservadas e estas restritas à órbita sexual e com formal exclusão de envolvimento afetivo.
· Um RLi não consegue suportar a ideia de ter relação sexual na condição de não ter outros laços (de afeto, vínculo, etc). Nem também poderá admitir que seu companheiro lhe determine com quem se envolver ou não se envolver.
Poliamor é a possibilidade de se ter duas ou mais relações afetivo-sexuais onde esteja incluída a cláusula de “polifidelidade”; ou seja, o dever de exclusividade sexual aos parceiros reconhecidos e com direitos de ingerência nas possibilidades e opções de relação um do outro.
· Andamos junto quando o assunto é objetar a monogamia. Mas RLi é incompatível com a moral da exclusividade sexual (mal denominada de “fidelidade”). Seja a sua forma monogâmica seja a sua forma poliamorista. Rompemos com a exclusividade monogâmica mas não para cair na exclusividade poliamorista.
3. Dentro do grupo há casos de pessoas que já sofreram preconceito ao explicitar a opção pela não-monogamia?
Sim. Principalmente as mulheres.
4. Dentro das pesquisas, existe a delimitação de percussores das ideias de relações livres? Quais são as referências teóricas do grupo?
- De âmbito mais intelectual ajudam muito os críticos ou relativizadores da monogamia (Morgan, Engels, congressos de sexologia, etc)
- De um âmbito mais comportamental temos Sartre e Simone;
- De âmbito mais social temos parcialmente o feminismo; as rebeliões juvenis da década de 60.
5. A aceitação de relações não-monogâmicas implica em uma mudança mais geral no comportamento do indivíduo, principalmente no que diz respeito ao ciúme e à ideia de realização plena em uma outra pessoa. Que tipo de mudança social e cultural pode estar levando a essas novas concepções, antes impensadas dentro das relações?
6. No mundo, há países referência no debate desse tema? Em caso afirmativo, quais citaria e por quê?
Como o termo RLi é de fundação nossa, o que existe no mundo são referências “não monogâmicas” de outro tipo. Portugal, por exemplo, tem um forte movimento de poliamorista. Na Argentina, existe uma organização muito contundente de Swingers. E assim por diante.
7. Podemos falar em uma tendência de contestação da monogamia e de proposição de novas formas de se relacionar?
O que existe hoje é algo anterior a isto: o desmembramento da família monogâmica, que gera os casamentos em série, famílias reorganizadas, etc. Esta movimentação produz, inevitavelmente, algum olhar crítico à monogamia, possibilitando a divulgação das novas formas de relação. Mas isso não gera uma onda cultural afirmativa; de um modo geral as pessoas só sofrem a inviabilidade das antigas relações romantizadas e não compreendem o porquê. Ainda há muitos tabus para derrubar.
8. Quando vcs estudam essas mudanças nas configurações dos relacionamentos, prioritariamente analisam sob que enfoque? Por exemplo: vcs focam em razões biológicas ou é uma análise prioritariamente social?
Apostamos na totalidade. Mas no humano o social-histórica é predominante.
9. Se uma mesma pessoa pode ter várias relações, como estabelecem os vínculos afetivos?
Somos indivíduos livres, que se relacionam com outros. Estabelecemos a profundidade e afetividade de nossas relações na medida em que o desejarmos. Para nós o envolvimento com o outro não inclui ciúme. Podemos ter grandes amores, algumas paixões, uns casos, alguns amigos coloridos e “ficantes”. Sem que nenhuma destas relações atrapalhe as demais.
10. Como explicam a experiência de vocês?
11. Então vocês não casam?
Não nos casamos. O casamento é o contrato da monogamia. Não precisamos de casamento para nos relacionarmos com as pessoas. Nosso contrato é o respeito entre todos os indivíduos, inclusive aqueles que não são nossos “companheiros” e/ou “namorados(as)”
12. O que é monogamia?
A monogamia não se refere ao amor, nem ao carinho. Ela se resume a um contrato de exclusividade sexual. Temos que lembrar que quando ainda não existia o amor romântico, e os casamentos eram escolhidos pelos pais, já existia a monogamia.
Segundo o dicionário Houaiss, monogamia significa: regime ou costume em que é imposto ao homem ou à mulher ter apenas um cônjuge, enquanto se mantiver vigente o seu casamento [ou qualquer tipo de relacionamento que envolva o desejo sexual]. Leia nosso artigo sobre isso – esse texto é um apanhado histórico:
https://rederelacoeslivres.wordpress.com/2011/02/09/os-frageis-alicerces-da-monogamia/#more-5058
13. Mas na prática, romper com a monogamia é factível?
Sim. Nossa experiência é um exemplo disso.
14. Como vocês encaram o ciúme? Dá para viver sem ciúme?
O ciúme é um sentimento relacionado com as sensações de perda (muito ligada à infância), que é estimulado cultural e socialmente. O que nos propomos é o desestimulo deste sentimento culturalmente arraigado a nós e o estabelecimento de relações onde ele perde seu sentido prático. Trocamos o ciúme pela confiança e a preocupação com o bem-estar do outro. A felicidade de nossas relações depende da felicidade dos indivíduos que fazem parte dela.
15. Como é a transição para uma vida não monogâmica?
Existem as mais diversas formas de transição, inclusive existem, entre nós, os que iniciaram sua vida sexual-afetiva já nos moldes “não monogâmicos”.
16. Uma mulher livre não seria muito estigmatizada? Como é o olhar de um homem rli para uma sua companheira livre?
Relatos – (esse é um debate muito interessante, pois a sociedade enxerga diferente nossos homens e nossas mulheres).
17. Como os familiares se relacionam com a vida RLi de vocês?
Relatos – (mais diversas situações)
18. E quanto aos filhos? Querer ou não ter filhos é uma unanimidade no grupo? As pessoas que já tem filhos relacionam-se como com isso?
Este tema será o próximo a enfrentarmos, neste ano. Mas algum de nossos integrantes já tem filhos e podem dar relato.
Deixe um comentário