Simone de Beauvoir
14/07/2012 por Marco Rodrigues
Neste dia, há 25 anos, morria
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Simone de Beauvoir:
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libertária, feminista e não monogâmica
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“Simone conhece o seu grande amor e parceiro até a morte: Jean Paul Sartre, que ao seu lado criou os alicerces para a filosofia do existencialismo.
A partir do encontro entre os dois, que culmina em uma paixão forte, Sartre e Beauvoir, ao invés de casar, propõem um pacto: ficariam juntos, mas em sua relação não existiria a monogamia e a mentira. Eles acreditavam que precisavam conhecer a fundo a alma da humanidade e que isso requer liberdade e verdade.
Aos 23 anos, Simone de Beauvoir é nomeada professora em Marseille e Sartre é nomeado para o Havre. O casal teria de se separar. Por conta disso, Sartre propõe o casamento para Simone, que recusa, e alega não querer viver sob os ditames hipócritas da sociedade burguesa.
Em 1932, Simone se apaixona por uma de suas alunas, Olga Kosakiewicz, apelidada pelo casal de “a pequena russa”. Sartre volta a viver com Simone, agora com Olga, e passam a ser um triângulo amoro, que logo se tornaria um quarteto com a chegada de um aluno de Sartre: Jacques-Laurent Bost.
Esta não seria a última vez que Sartre e Simone vivenciariam a experiência em triângulos e quartetos bissexuais, tanto é que em muitos lugares eles eram proibidos de entrar, visto que à época eram considerados imorais. A vida de Simone ganha outros contornos quando em 1949 é publicado “O segundo sexo”, que resulta em ataques públicos a sua pessoa. Porém, foi também com este livro que ela alcançou sucesso mundial e foi recorde de vendas.
Simone nunca falou publicamente sobre suas relações homossexuais, mas assumiu nos anos 70 ter feito aborto e abraçou a luta pela causa. Muitos biógrafos dizem que passaram por Simone inúmeras alunas, mas que ela nunca falaria sobre isso por considerar a sociedade ainda muito hipócrita.
O fato é que Simone de Beauvoir deixou vários livros fundamentais para o mundo e, em uma época que tanto se discute sobre a mulher, o corpo e de quem realmente somos enquanto sujeito na sociedade, nunca foi tão atual… Na verdade, Simone ainda é provocadora e atual. E é isso que faz dela um gênio.”
Detalhes em: http://dykerama.uol.com.br/src/
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Deixo pra galera dica de um documentário legal sobre a Beauvoir, que entre outras coisas também trata dos relacionamentos dela http://diariogauche.blogspot.com/2010/11/o-continente-feminino.html
Simone é a mulher que lutou por mim antes mesmo de eu existir, Simone é a minha inspiração.
“A partir do encontro entre os dois, que fulmina em uma paixão forte…”, não seria “culmina”?
Fulminar é matar…
Muito bom o artigo, sou fã deles!
A Adri sempre atenta e ajudando!
Como o texto está entre aspas… (não é nosso) ficamos introvertidos em mexer nele. Mas tua correção nos parece incontornável.
Abraço.